Já está circulando nas livrarias a antologia Roteiro da Poesia Brasileira anos 2000, organizada por Marco Lucchesi para a editora Global. Quatro poemas meus foram selecionados e constam na coletânea. Outros três autores pernambucanos estão por lá: Micheliny Verunschk, Delmo Montenegro e Inaldo Cavalcanti. Como toda antologia ela receberá reservas, críticas e xingamentos. Deve-se começar a perceber o catráter particular (não pessoal) das antologias, frutos sempre de uma perspectiva entre várias possíveis. Assim, todas elas, sem exceção, apresentarão "defeitos" aos olhos dos leitores mais informados. De qualquer modo, o mérito da seleção do Marco Lucchesi é a apresentação de nomes que não circulam tanto no cenário atual da poesia brasileira e isso é bem interessante e positivo.
domingo, 20 de dezembro de 2009
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Poema de Agripino da Silva (poeta simbolista levantado pela minha pesquisa sobre o simbolismo em Pernambuco)
Ocaso das Constelações
O azul flavesce; o azul cintila; o azul corusca.
Flori, viça o rosal punício da alvorada.
A noite, em desalinho a cabeleira fusca,
Dorme: a noite desperta à estrela serenada...
Erra, smorça a canção dos astros... Ampla e brusca,
A luz irrompe, a luz derrama-se dourada;
Espalha-se, percorre o Éter; e desce em busca
Da terra, à sebe, à serra, à balseira, à esplanada.
A noite ergue-se, entrança as madeixas profusas
E foge. Áurea, a manhã reponta; vem sorrindo.
As gemulas do orvalho irizam-se difusas.
O poente sideral dissipa-se. De rastros,
– homem-réptil – bendigo o aprazimento infindo
De ouvir, de olhar surpreso, os adeuses dos astros.
O azul flavesce; o azul cintila; o azul corusca.
Flori, viça o rosal punício da alvorada.
A noite, em desalinho a cabeleira fusca,
Dorme: a noite desperta à estrela serenada...
Erra, smorça a canção dos astros... Ampla e brusca,
A luz irrompe, a luz derrama-se dourada;
Espalha-se, percorre o Éter; e desce em busca
Da terra, à sebe, à serra, à balseira, à esplanada.
A noite ergue-se, entrança as madeixas profusas
E foge. Áurea, a manhã reponta; vem sorrindo.
As gemulas do orvalho irizam-se difusas.
O poente sideral dissipa-se. De rastros,
– homem-réptil – bendigo o aprazimento infindo
De ouvir, de olhar surpreso, os adeuses dos astros.
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