terça-feira, 15 de setembro de 2009

linha perdida

Olhar o mar para esquecer o provisório. Olhar o mar para mergulhar no destino. Olhar o mar para se deixar ir, rumo ao escuro silêncio do início. Procurarão meu nome, mas encontrarão um rastro nas águas que um breve instante apaga. Eu serei a linha que se perde e mistura noite, água e terra. Eu serei um sopro. Eu serei meu filho. Nascido diante do mar, perdido no perfil das estrelas.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

entropia

Na tela
a palavra noite
cercada de branco
por todos os lados

Na tela
o branco absoluto
devora a pretensão
de criar ou dormir

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Num banheiro, na Paris de 68:

"A felicidade é burguesa. Só a alegria é revolucionária".